30 de julho de 2007

Não sei se o caminho que agora trilho é o caminho certo.
Sei que talvez possa ter que voltar para trás ou, pelo contrário, poderei até estar a seguir no melhor atalho.
Fui apanhada de surpresa mas nem por isso.
Fui surpreendida mas estava à espera.
E, foi bom!

Foi muito bom, sim!

Há muitos anos que não estava numa praia à noite.
Há muitos anos não me sentia de novo uma garota…
Foi bonito, foi natural…ele insistiu e eu cedi.








25 de julho de 2007

Afinal...era mesmo só um sapo!

No olhar vi doçura, no sorriso encontrei ternura…
Senti uma vibração renovada dentro de mim;
Um sentimento em que já não acreditava conseguir sentir…e fiquei feliz!
Feliz por reparar, por ser capaz…por simplesmente sentir..
Por me rever em ti.
Era mais do que química, era um recordar de vivências felizes, de partilha de cheiros, de lugares e preferências.
O deslumbramento aconteceu e eu, até então, presa aos meus medos, quebrei correntes e fugi!
Fugi, atordoada em direcção a ti.
Não sem receios, não sem contenções.
O passado me puxava para trás.
As correntes estavam quebradas mas, mesmo assim, ainda agarradas aos meus tornozelos e…pesavam.
Tentei ignorar, tentei continuar e…quando estava mesmo a chegar até ti……que triste desilusão!
Só então, percebi que eras mais um sapo que vagava por aí!
Um sapo velho, ansioso por beijos de princesas mas, nem por isso, para se transformar num príncipe.
Afinal, amigo sapo, só querias mais uma peça de colecção!
Não me querias a mim!
Eu, verdadeira princesa, herdeira de um coração de oiro, poderia ter ficado presa no teu encantamento.
Como podia…
Felizmente, e porque as correntes não me deixaram andar mais depressa consegui, a tempo, ver como eras na realidade: um pobre e infeliz animal numa busca, desesperada, de mais vítimas para se sentir a ilusão de uma realização momentânea.
E sofri!
Sofri e sofro por me saber iludida e por perceber que, afinal, o sapo nunca seria príncipe para mim!
Sim, porque sou uma verdadeira princesa!
Uma daquelas que já só se ouvem falar nos contos de fadas.
Mas, existo!
Existo e sou assim!

Mas, todas as histórias costumam ter uma moral, não é verdade?
Esta acaba mais ou menos assim:

Agora, que parti as correntes, e descobri que o coração de oiro não é tão duro assim, vou continuar noutro caminho e, apesar de ainda arrastar as correntes que me pesam, nos tornozelos, não voltarei atrás, para a minha masmorra e…sei que, um dia, talvez um pobre ferreiro, repare em mim e me quebre o que resta libertando-me, por fim…

24 de julho de 2007

Os homens são matemáticos, as mulheres poetisas.

Hoje, alguém me lembrou que há muito não escrevia neste espaço.
Numa troca de mails, no meu trabalho surgiu-me uma máxima- fruto de um sentimento de raiva momentâneo - e apeteceu-me transcrever parte do meu raciocínio:
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As mulheres são muuuuiiiittttoooooo mais complicadas do que os homens, sem dúvida!
No fundo, nós, mulheres, temos inveja de não ter um “detector de metais” igual ao deles!
( Já repararam a atracção entre essa maquineta e uma simples moeda? O "aparelhinho" que os homens têm entre as pernas faz-me lembrar!!!!)
Se pensássemos como homens seria tudo bem mais simples.
(Chego a ter inveja dos homossexuais que se entendem nesse aspecto bem melhor que os hetero.)
Está comprovadíssimo que os cérebros são diferentes e por isso também o raciocínio.
Os homens são matemáticos, as mulheres poetisas.
A conjugação de ambas as qualidades faz com que o puzzle se complete e surja uma foto muito bonita.
O que estraga tudo, porque nos condiciona, são as experiências acumuladas, traumas e situações que não são resolvidas, por inteiro, em ambos os lados, atempadamente - isto sobretudo a partir de certa idade;
A experiência de vida condiciona os nossos gestos e atitudes.
Muitas vezes, faz com que contrariemos os impulsos que, claramente, são sempre mais espontâneos.
Mas, quando não os controlamos, inúmeras são as vezes que nos despedaçamos.
Por isso, há que exorcizar os fantasmas do passado e partir para nova etapa sem assombrações. O que nos trama é sempre a filha da p* da memória!
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Obrigada pela inspiração meus queridos I & S.
Ah! E obrigada por me lembrares que posso sempre desabafar também aqui F.
I love my friends!