11 de maio de 2007


Porque gosto de algumas pessoas?
- Gosto de muito poucas pessoas. Quer dizer, não é bem assim! Gosto de muitas pessoas mas, só por um punhado, dou o coração.
Curiosamente, muitas vezes, sinto que nem sequer gosto mais, das que mais gostam de mim (ou que pelo menos o demonstram) mas sim daquelas que, por qualquer motivo, me despertaram um “click” cá dentro.
Às vezes, decepcionam-me mas, apesar disso esfriar o meu sentimento por elas, não me faz mudar o gosto que por elas sinto.
Vivam os amigos e todos os que merecem o meu tempo e amor. Eles me alimentam a alegria de viver e partilhar.
Obrigada por existirem!

5 de maio de 2007

Mãe


O que é ser mãe?
Será que o simples germinar de um feto dentro de si faz de uma mulher Mãe?
Não em parece!

DISTORÇÕES
Custa-me enfrentar, diariamente, mulheres que manifestam desejo de ser mãe como, se disso, dependesse a sua condição de mulher. Custa-me saber que muitas mulheres criam obsessões pela necessidade de ser mãe para, simplesmente, fazerem depender dessa condição os homens que acreditam amar. Digo “acreditam amar” porque não acredito em amor forçado, manipulado ou chantageado. Quem ama, simplesmente deixa fluir o sentimento, que pode ser recíproco, ou não, mas não o esforça. Quando se ama deseja-se, antes de tudo, o bem do ente querido e isso manifesta-se numa relação de respeito, partilha e confiança; um simples viver diário em prol da felicidade mútua. Quando um força o sentimento do outro, utilizando, para isso métodos tais como a gravidez, não só está a ser duplamente egoísta como se está a enganar a si próprio quanto à visão do amor que o outro manifestará por si.

MANIFESTAÇÕES
Mas, voltando ao “Ser Mãe”, a minha visão é plena. Não só por o ser, na sua verdadeira essência, como por acreditar ser, de facto, este o verdadeiro amor.
A um filho, uma verdadeira mãe ama sem condições (o verdadeiro amor incondicional).
Quantas mães, mesmo sabendo que seus filhos não passam de verdadeiros crápulas, não os continuam a amar?
Quantas mães suportam a vergonha de terem filhos ladrões, assassinos, etc. e no entanto lá estão nas visitas das prisões sempre como bolinho favorito do filho?
Ser mãe, é saber dizer "não" quando é preciso.
Ser mãe, é saber dar e partilhar conhecimento e experiência; ensinar e estar disponível para aprender.
Ser mãe, é tomar decisões que, por vezes, magoam, doem e destroçam mas que se transformam em valorosos investimentos.
Ser mãe, é dar afecto, colo, carinho no seu todo.
Ser mãe - cada vez mais - nesta sociedade que evolui confusa, em termos de designações, pode também ser pai. Nos dias que correm, cada vez há mais mulheres a criarem sozinhas os seus filhos. Umas por opção, outras por não terem alternativa. Na verdade, ser mãe é, na universidade da vida, o curso que nos tributará com o diploma mais distinto. Reconheço que há muitos pais que também o conseguem mas os genes, as diferenças físicas e mentais que distinguem os sexos, há milhares de anos, condicionam as suas avaliações finais.
Reconheço-lhes o mérito e manifesto-lhes a minha mais sincera admiração.

PARABÉNS MÃE
Parabéns, para mim, que sou mãe do filho mais querido do mundo.
Parabéns, para mim, por ser presenteada com um ser tão espectacular na minha vida e…
parabéns, para mim, por me aguentar, há sete anos, como mãe e como pai - em tudo o que envolve ter um filho (desde o financeiro ao emocional) - e por ter o reconhecimento de “bom trabalho” no seu desempenho, educação e tantos etc.s mais…
Obrigada filho, por seres quem és! Mas, quero que saibas que, mesmo que fosses outro, mesmo que não tivesses brotado dentro de mim, amar-te-ia assim mesmo!

Amo-te!
Mãe.

4 de maio de 2007

As fugas de Nina...2


Depois de mais uma notícia recebida, Nina resolveu que teria que cortar, em definitivo, todo o “blá-blá” que não adiantava, nem atrasava, com Carlos.
Aquilo estava a fazer-lhe mal!
Ela sabia perfeitamente esfriar qualquer conversa tão bem como sabia esfriar qualquer tipo de sentimentos. Assim determinada, enviou a Carlos uma resposta gelada de contornos telegráficos. Funcionou tão bem como uma almofada funciona para abafar um qualquer choro.
Carlos, desde então, nunca mais lhe escreveu. Certamente entendeu a mensagem. Que alívio sentia!

Nina, voltou a sorrir. Ao fim de uns quantos dias sem notícias de Carlos, Nina percebeu que conseguia, de novo, sorrir e fazer sorrir.

Nina tinha uma caixa onde guardava todos os seus segredos e secretos sentimentos. Os mais felizes e os mais dolorosos também! Nina, mais uma vez, abriu cuidadosamente a tampa dessa caixa, colocou Carlos lá dentro, fechou a tampa e arrumou-a, bem direitinha, na segunda prateleira do seu coração.

Como é bom ser livre! Como sabe bem não esperar nada de ninguém nem ter ninguém à espera de nada nosso! Nina, estava contente! Caminhou, passo firme, mão na mão de seu filho, e sentiu o vento, o sol, o cheiro da rua, do fumo dos carros que passavam e tudo estava, de novo, mais intenso!

Love Kills & Metropolis


Não descrevo o que só consigo sentir. Cliquem no tìtulo.

1 de maio de 2007

Anseios


"Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!

Deixa-te estar quietinho!
Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quirneras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...

Não 'stendas tuas asas para o longe..
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela,a soluçar..."

Florbela Espanca